sábado, 14 de março de 2009

Federico Garcia Lorca



Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.

Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.

Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.

4 comentários:

Christi... disse...

Lindo ! Lindo ! Lindo !

"Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,"

Linda fotografia das flores tb

Bjs,

Chris

Anônimo disse...

Oi..lindo texto...abraços

Juliana Dal Sasso Vilela de Andrade disse...

mari, fiquei muito feliz com o teu comentário!
adoro quando alguém tbm se identifica com as coisas que eu considero fantásticas!
eba! haha
beijos
Ju

Murilo disse...

Estive aqui de passagem
Mas não pude desligar sem vir
Compartilho dessa doação d'alma
Ou do excesso de tê-la
Cinema Paradiso também é meu filme preferido
E carrego comigo o bulbo do cordão que desenrolo por aí cada vez que me espalho pelo mundo
E me entrego
E volto a mim através dos outros
Dos que passam
Dos que ficam
Como a mãe que desfaz seu bordado para receber o filho
Espero voltar
Aqui.
E aqui de onde escrevo.
Apenas um desabafo.

Parabéns.

Bjos,

Murilo