Prometi-me possuí-la muito embora
ela me redimisse ou me cegasse.
Busquei-a na catástrofe da aurora,
E na fonte e no muro onde a sua face,
Entre a alucinação e a paz sonora
da água e do musgo, solitária nasce.
Mas sempre que me acerco vai-se embora
como se me temesse ou me odiasse.
Assim persigo-a, lúcido e demente.
Se por detrás da tarde transparente
seus pés deslumbro, logo nos desvãos
das nuvens fogem, luminosos e ágeis!
Vocabulário e corpo - deuses frágeis-
eu colho a ausência que me queima as mãos.
sábado, 31 de julho de 2010
Henry Miller
"Por que somos tão cheios de restrições? Por que não nos entregamos em todas as direções? Será medo de perder a nós mesmos? Até que nor percamos, não pode haver esperança de nos encontrarmos. Somos do mundo e para entrar plenamente no mundo precisamos primeiro nos perder nele. O caminho do céu nos leva através do inferno, é o que se diz. O caminho que tomamos não tem importância, contanto que deixemos de percorrê-lo com cautela." O Mundo do Sexo, pág 83
Ernest Hemingway
" - O peixe também é meu amigo - disse em voz alta. - Nunca vi ou ouvi falar de um peixe desse tamanho. Mas tenho de matá-lo. É bom saber que não tenho de tentar matar as estrelas. Imagine o que seria se um homem tivesse de tentar matar a lua todos os dias", pensou o velho. "A lua corre depressa. Mas imagine só se um homem tivesse de matar o sol. Nascemos com sorte." (...) Trecho de O Velho e o Mar
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