sexta-feira, 22 de abril de 2011

Fernando Pessoa

Conta a lenda que dormia
Uma princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante , que viria de além muro da estrada .

Ele tinha que , tentado , vencer o mal e o bem,
Antes que , já libertado ,
Deixasse o camino errado por o que à Princesa vem.

A Princesa adormecida,
Se espera , dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida ,
E orna-lhe a fronte esquecida ,
Verde , uma grinalda de hera

Longe o Infante , esforçado, sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela ignorado.
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino ...
Ela dormindo encantada ,
Ele buscando-a sem tino , pelo processo divino
Que faz existir a estrada .
E , se bem que seja obscuro tudo pela estrada fora,
E falso , ele vem seguro ,
E , vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora .

E , inda tonto do que houvera ,
À cabeça em maresia ,
Ergue a mão , e encontra hera ,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

Florbela Espanca

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder ...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas , meu Amor, eu não tos digo ainda ...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo , Amor , que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz !

domingo, 17 de abril de 2011

Caio Fernando de Abreu

Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nando Reis

''Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar!''

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

Caio Fernando de Abreu

"... Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

domingo, 10 de abril de 2011

Caio Fernando de Abreu

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.