sábado, 2 de maio de 2009

Olavo Bilac


"... Primavera. Um sorriso aberto em tudo. Os ramos
Numa palpitação de flores e de ninhos.
Doirava o sol de outubro a areia dos caminhos
(Lembras-te, Rosa?) e ao sol de outubro nos amamos.

Verão. (Lembras-te Dulce?) À beira-mar, sozinhos,
Tentou-nos o pecado: olhaste-me... e pecamos;
E o outono desfolhava os roseirais vizinhos,
Ó Laura, a vez primeira em que nos abraçamos...

Veio o inverno. Porém, sentada em meus joelhos,
Nua, presos aos meus os teus lábios vermelhos,
(Lembras-te, Branca?) ardia a tua carne em flor...

(...)"

2 comentários:

iILÓGICO disse...

nó!
como falar, falando...rs

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Será que é uma analogia entre as mudanças na natureza e as mudanças que acontecem dentro de nós?
Não sei... talvez possa ter outras interpretações, mas foi esta que senti ao ler este poema tão lindo!

beijinhos

MV