domingo, 31 de maio de 2009
Caio Fernando Abreu
"... A cidade labiríntica com seus becos e vilas, mesmo com praças e grandes avenidas, é círculo asfixiante. Cada vez mais, o sujeito enclausurado na solidão perde-se nos antros em que sexo e drogas figuram como elementos que permitem o acesso "a uma outra realidade", ou fuga a esta que o atormenta. O fim do século estende o seu manto sombrio sobre o mundo; no entanto, pós-modernamente, o manto é esgarçado; em seus rasgos deixa entrever, mesmo que construído pelo discurso — uma (possível?) esperança de uma nova época. Como escapar à predestinação de existir em simulacro? ..."
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