segunda-feira, 17 de maio de 2010
Nazaro, Lucy Salete Bortolin
Amo você em linhas suaves desenhadas na areia que não frequento
No vapor embaçado da janela de meu quarto que te espera inquieto
Na brisa suave correndo em colinas de flores e orvalho quente
E no vendaval das tempestades que aquecem minha solidão.
Amar você é participar no rebuliço de idéias e desconfianças da mente
Sentir-se amortecido pelo bater descompassado de um ser contente
Revigorando pelo cósmico o que foi demente, fazendo-se semente
E introduzindo-se nas brumas de quimeras renascidas.
Amar sentindo-se plena com a esperança da promessa do amanhã
Agiganta o grão na areia, perdido entre pedras trazidas pelas ondas
Formando da colina a montanha nevada cujo pico está crivado de flâmulas
Carregadas pelas mãos da crença na felicidade possível do sonho.
Amar você é redescobrir-se na imensidão de caos antes instalada no espírito
É sair do hades, do escuro bronze que me separava da luz
É alçar voos bombásticos em outras galáxias e fluir liquidez de energia
Que perambula dançando no brilho do sentimento que vaga sorrindo no espaço.
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