Rilke: Amar também é bom, porque o amor é difícil. O amor de um ser humano por outro é talvez a experiência mais difícil para cada um de nós, o mais superior testemunho de nós próprios, a obra absoluta em face da qual todas as outras são apenas ensaios. É por isso que os seres bastante novos, novos em tudo, não sabem amar e precisam aprender.
É preciso aprender a amar?
Rilke: Sim. O amor é a oportunidade única de sazonar, de adquirir forma, de nos tornarmos um universo para o ser amado. É uma alta exigência, uma cupidez sem limites, que faz daquele que ama um eleito solicitado pelo mais largo dos horizontes. Quando o amor aparece, os novos apenas deveriam enxergar nele o dever de trabalhar em si próprios. A faculdade de nos perdermos noutro ser, de nos entregarmos a outro ser, todas as formas de união, ainda não são para eles.
Primeiro, é preciso ajuntar muito tempo, acumular um tesouro. Quantos jovens existem que não sabem amar, que se limitam a entregar-se, como sucede habitualmente (e decerto a maioria limitar-se-á sempre a isto), e inclinam-se depois sob o peso do seu erro!
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