segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Marta Vasil

Linha a linha, ponto a ponto,

com as mãos a florescer

teço rendas de fogo

enquanto o navio zarpa a trote

em rasgos de águas rubras.

No amolecimento da tarde

assomo-me ao rosto do mar,

vejo-te sombra maga e framboesa

solto sentimentos em voz rouca e refreada.

Atiro beijos ao vento

misturam-se, enlaçam-se

pintando o ar de desejo incauto.

Apagam a bonança da tarde

enquanto gaivotas

se atam no céu em lilases brancos

e tombam rosas vermelhas

nestas horas feitas de volúpias ardentes.


Prostrei-me num beijo incauto

e caí fora do tempo!

Poema de Marta Vasil, do blog: Lua Com Dona

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