Linha a linha, ponto a ponto,
com as mãos a florescer
teço rendas de fogo
enquanto o navio zarpa a trote
em rasgos de águas rubras.
No amolecimento da tarde
assomo-me ao rosto do mar,
vejo-te sombra maga e framboesa
solto sentimentos em voz rouca e refreada.
Atiro beijos ao vento
misturam-se, enlaçam-se
pintando o ar de desejo incauto.
Apagam a bonança da tarde
enquanto gaivotas
se atam no céu em lilases brancos
e tombam rosas vermelhas
nestas horas feitas de volúpias ardentes.
Prostrei-me num beijo incauto
e caí fora do tempo!
Poema de Marta Vasil, do blog: Lua Com Dona
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário