sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Hilda Hilst
"Que boca há de roer tempo? Que rosto/Há de chegar depois do meu? Quantas vezes/O tule do meu sopro há de pousar/Sobre a brancura fremente do teu dorso?/Quan-tas vezes dirás: vida, vésper, magma-marinha/E quantas vezes direi: és meu. E as distendidas/ Tardes, as largas luas, as madrugadas agônicas/ Sem poder tocar-te. Quantas vezes amor/Uma nova vertente há de nascer em ti/E quantas vezes em mim há de morrer".
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3 comentários:
Você também pisca quando lê algo que te emociona?
a poesia, boa, te toca, te denuncia, te incomoda o ser que é poeta, um pedaço em você. E as tuas...?
abs
Mari
Permitiu-me ler e ir pesquisar um bocadinho sobre esta autora que não conhecia.
Um poema de dúvidas, as dúvidas de qualquer um, as inconstâncias de quem alimenta a vida de palavras...
Beijinho
M
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