sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cecília Meireles


Caminho pelo acaso dos meus muros,
buscando a explicação de meus segredos.
E apenas vejo mãos de brando aceno,

olhos com jaspes frágeis de distância,
lábios em que a palavra se interrompe:
medusas da alta noite e espumas breves.

Uma parábola invisível sabe
o rumo sossegado e vitorioso
em que minha alma, tão desconhecida,

vai ficando sem mim, livre em delícia,
como um vento que os ares não fabricam.
Solidão, solidão e amor completo.

Êxtase longo de ilusão nenhuma.

5 comentários:

Anônimo disse...

Querida Mari,

Que poema maravilhoso!Não conhecia...ficou tudo lindo, a imagem e o poema.Parabéns!

Bom fim de semana.
Beijos!
Glaucia.

Sonia Schmorantz disse...

Fez uma excelente escolha!
Tenhas um lindo final de semana
beijo

nd disse...

Adoro a Cecília Meirelles
Parabéns pela escolha do post.

Bjs

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Passei para ler e valeu a pena.

Beijinho

MV

. disse...

Tem selo para você lá no blog...
Boa semana
Beijos